Avaliação precoce de quedas em idosos

Avaliação precoce de quedas em idosos

Introdução

Quedas em adultos mais velhos são uma causa comum de morbidade, perda de independência e internações. Já identificou no consultório um paciente com história de tropeços, desequilíbrio ou medo de cair? A avaliação geriátrica precoce e intervenções simples podem reduzir fraturas, declínio funcional e custos de saúde.

1. Identificação de risco: o que avaliar na triagem

Uma triagem estruturada rápida permite priorizar intervenções. No atendimento primário, inclua:

  • História clínica dirigida: quedas prévias, síncopes, tontura, perdas sensoriais, uso de dispositivos para caminhar e limitações nas atividades de vida diária.
  • Revisão de medicamentos: identificar sedativos, ansiolíticos, anticolinérgicos, hipotensores e polifarmácia que aumentam o risco. Considere encaminhamento para revisão e desprescrição quando indicado (polifarmacia-idosos-avaliacao-desprescricao-seguranca-terapeutica).
  • Avaliação funcional rápida: testes validados como o Timed Up and Go (TUG) e a Escala de Equilíbrio de Berg ajudam a estratificar risco e monitorar resposta a intervenções.
  • Análise ambiental básica: perguntar sobre iluminação, tapetes soltos, degraus e barras de apoio em banheiro.

Diretrizes atuais, incluindo recomendações do NICE, reforçam a importância da avaliação domiciliar e programas de exercícios para redução de quedas (revisão das diretrizes).

Como aplicar no fluxo do consultório

  • Tempo estimado: 5–10 minutos para triagem inicial (TUG + perguntas-chave).
  • Documente fatores de risco e plano curto: exames, ajuste medicamentoso, encaminhamentos.
  • Use protocolos locais ou um checklist simples para padronizar ações.

2. Intervenções simples e eficazes no consultório

Nem todas as intervenções exigem equipamentos ou tempo extenso. Foque em medidas de alto impacto:

  • Prescrição breve de exercícios: recomende programas de fortalecimento de membros inferiores e treino de equilíbrio (ex.: subir/descer degrau, exercícios de apoio unipodal, marcha com obstáculos). Quando necessário, encaminhe para fisioterapia especializada (prevencao-quedas-idosos-avaliacao-fisioterapia-ambiente).
  • Orientações de segurança domiciliar: incentive remoção de tapetes soltos, melhoria da iluminação e instalação de barras no banheiro; materiais de educação simples podem aumentar a adesão. Fontes práticas para pacientes estão disponíveis em sites de referência sobre prevenção em casa (dicas práticas).
  • Aconselhamento sobre calçados e auxílios: preferir sapatos com solado antiderrapante e ajuste correto; avaliar indicação de bengala ou andador e treinar uso.
  • Ajuste medicamentoso no consultório: reduzir sedativos e polifarmácia quando possível, com monitorização e plano de desprescrição (prevencao-quedas-idosos-avaliacao-intervencoes).

Conteúdos educativos sobre prevenção e mudança de comportamento ajudam na prevenção de quedas quando integrados ao plano terapêutico do paciente. Para uma visão geral prática sobre medidas preventivas, consulte um material de orientação comunitária (guia preventivo).

3. Organização do seguimento e integração com atenção primária

Prevenção eficaz exige continuidade. Considere estes pontos operacionais:

  • Estratificação de risco: pacientes com TUG alterado, quedas recorrentes ou fatores múltiplos devem ter consulta de revisão em 4–12 semanas e acesso a fisioterapia ou programas comunitários de exercício.
  • Fluxo de encaminhamento: estabeleça critérios claros para fisioterapia, avaliação de ortopedia (suspeita de osteoporose ou fratura) e avaliação geriátrica multidisciplinar.
  • Registro e metas: registre medidas de equilíbrio e força (p.ex. tempo no TUG), objetivos funcionais e adesão a exercícios; monitore quedas e eventos adversos.
  • Coordenação multiprofissional: trabalhar com equipe de enfermagem, fisioterapeutas e assistência social melhora a adesão às intervenções e segurança domiciliar (abordagem à polifarmácia e segurança).

Checklist prático para a consulta

  • Perguntar sobre quedas nos últimos 12 meses;
  • Realizar TUG ou outro teste de equilíbrio;
  • Rever medicamentos com foco em sedação e hipotensão;
  • Orientar exercícios e segurança domiciliar; providenciar folheto ou link de suporte;
  • Planejar seguimento e encaminhamentos conforme risco.

Fechamento e recomendações práticas

A integração da avaliação geriátrica rotineira com estratégias simples no consultório aumenta a capacidade de prevenir quedas e suas complicações. Priorize triagem rápida (TUG/Berg), revisão de medicamentos, orientação domiciliar e planos de exercício adaptados. Pequenas mudanças — como revisar uma medicação ou ajustar o calçado — podem preservar autonomia e reduzir fraturas.

Para implementar com consistência, adote um checklist na ficha clínica, crie rotas locais de encaminhamento e eduque a equipe. Recursos adicionais sobre avaliação e intervenções estão disponíveis no nosso blog, incluindo guias práticos de prevenção e protocolos de ambulatório (prevencao-quedas-idosos-consultorio, prevencao-quedas-idosos-avaliacao-intervencoes). Implementar triagem e intervenções simples hoje reduz quedas amanhã.

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