Gestão da polipatologia em idosos: avaliação multidisciplinar e prevenção de quedas

Gestão da polipatologia em idosos: avaliação multidisciplinar e prevenção de quedas

O aumento da expectativa de vida trouxe maior prevalência de polipatologia — a coexistência de várias doenças crônicas no mesmo indivíduo — exigindo práticas clínicas integradas. Entre as prioridades do cuidado ao idoso estão a revisão de medicamentos para reduzir a polifarmácia, a avaliação funcional para detectar fragilidade e a prevenção de quedas, que continuam sendo causas importantes de morbidade e perda de independência.

Polipatologia no idoso

Nos idosos, alterações fisiológicas associadas ao envelhecimento, como redução da massa muscular e alterações sensoriais, tornam o manejo de condições como hipertensão, diabetes tipo 2 e osteoartrite mais complexo. A avaliação geriátrica ampla inclui exame clínico, revisão de comorbidades, rastreio cognitivo e avaliação funcional, permitindo priorizar intervenções que mantenham a autonomia.

Avaliação multidisciplinar

A avaliação multidisciplinar reúne médico, enfermeiro, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, farmacêutico e, quando indicado, nutricionista e psicólogo. Objetivos práticos:

  • Identificar riscos de interações e eliminar medicações desnecessárias por meio de revisão periódica — veja orientações sobre farmacogenômica e polifarmácia em idosos em farmacogenômica e polifarmácia.
  • Avaliar risco de quedas com testes de mobilidade e equilíbrio e aplicar medidas de prevenção individualizadas.
  • Planejar reabilitação e adaptações ambientais para reduzir dependência e promover segurança.

Prevenção de quedas

A prevenção de quedas deve ser multifatorial. Intervenções eficazes incluem programas de exercício, otimização farmacológica, avaliação oftalmológica e modificações no domicílio. Revisões e diretrizes internacionais enfatizam a combinação de abordagens para reduzir quedas e fraturas.

Exercícios e fisioterapia

Programas que melhoram força, equilíbrio e marcha reduzem o risco de queda. A fisioterapia orientada e a prescrição de treino domiciliar ou em grupo são centrais; recursos de reabilitação domiciliar com suporte remoto podem ser úteis para pacientes com limitação de deslocamento — consulte estratégias aplicáveis em reabilitação domiciliar.

Ambiente e terapia ocupacional

A terapia ocupacional identifica fatores de risco no ambiente doméstico (tapetes soltos, iluminação insuficiente, ausência de barras) e recomenda adaptações simples que diminuem quedas. Programas educacionais para cuidadores e pacientes também aumentam a adesão às recomendações de segurança.

O papel da medicação

Fármacos que afetam a pressão arterial, sedação ou equilíbrio aumentam o risco de quedas. A revisão da lista medicamentosa, redução de benzodiazepínicos e uso criterioso de diuréticos e anti-hipertensivos são medidas recomendadas. Para práticas relacionadas à monitorização de parâmetros como pressão arterial em casa, veja monitoramento domiciliar da pressão.

Referência prática e diretrizes sobre avaliação e intervenções podem ser consultadas em documentos técnicos e revisões, como a visão geral dos fatores de risco publicada na Geriatrics, Gerontology and Aging (ggaging.com) e a diretriz sobre manejo de quedas (sanarmed.com).

Reabilitação pós-queda

A reabilitação após queda visa recuperar função, reduzir medo e prevenir recidivas. Elementos essenciais:

  • Fisioterapia para força, equilíbrio e reeducação da marcha.
  • Intervenções psicossociais para abordar o medo de cair e promover a reativação funcional.
  • Reavaliação do ambiente doméstico e do regime medicamentoso.

Programas e simpósios nacionais reúnem evidências práticas sobre reabilitação e suporte psicossocial (prevquedasbrasil.com.br), úteis para equipes que implementam protocolos locais.

Prevenção de quedas e manejo integrado

O manejo eficaz da polipatologia em idosos combina avaliação geriátrica, revisão da polifarmácia, programas de exercício e adaptações ambientais. A atuação coordenada de uma equipe multidisciplinar — integrando atenção primária, fisioterapia, terapia ocupacional e farmácia clínica — é a melhor estratégia para reduzir riscos, manter autonomia e melhorar a qualidade de vida.

Para orientação clínica prática, integre a avaliação funcional e a revisão medicamentosa às consultas periódicas, utilize recursos educativos e encaminhe para reabilitação sempre que houver queda ou sinais de fragilidade. Materiais adicionais sobre reabilitação domiciliária e monitoramento podem apoiar a implementação local em equipes de saúde (reabilitação domiciliar, monitoramento pressórico domiciliar, farmacogenômica e polifarmácia).

Se preferir, posso adaptar esse guia para equipes de atenção primária, criar protocolo de triagem de quedas ou um folheto educativo para familiares e cuidadores.

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