Hipertensão arterial: diretrizes 2025 para diagnóstico e tratamento

Hipertensão arterial: diretrizes 2025 para diagnóstico e tratamento

A hipertensão arterial permanece entre os principais fatores de risco para eventos cardiovasculares. As diretrizes de 2025 trazem atualizações práticas para médicos e pacientes sobre classificação, diagnóstico, tratamento e acompanhamento, com foco em prevenção do risco cardiovascular e melhora do controle da hipertensão.

Hipertensão arterial: classificação da pressão arterial

As novas recomendações padronizam a classificação da pressão arterial para facilitar a identificação precoce de pessoas em risco:

  • Pressão arterial normal: pressão sistólica < 120 mmHg e diastólica < 80 mmHg.
  • Pressão elevada: sistólica entre 120–129 mmHg e diastólica < 80 mmHg.
  • Hipertensão estágio 1: sistólica entre 130–139 mmHg ou diastólica entre 80–89 mmHg.
  • Hipertensão estágio 2: sistólica ≥ 140 mmHg ou diastólica ≥ 90 mmHg.

Essa reclassificação reforça a necessidade de rastreamento ativo e intervenções antecipadas. Para leitura complementar sobre as mudanças nas diretrizes, consulte a reclassificação das diretrizes.

Hipertensão arterial: diagnóstico e monitoramento

Um diagnóstico confiável exige múltiplas medições em ambientes diferentes para evitar erros como a hipertensão do avental branco ou a hipertensão mascarada. As recomendações 2025 destacam duas estratégias complementares:

Hipertensão arterial e MAPA

A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) realiza medidas ao longo de 24 horas, incluindo sono, e é a melhor opção para avaliar a variação pressórica diária. Informações detalhadas sobre indicação e interpretação da MAPA estão em: Monitorização Ambulatorial (MAPA).

Hipertensão arterial e MRPA

A Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) permite ao paciente registrar medidas em casa seguindo protocolo padronizado, melhorando o acompanhamento longitudinal. Orientações práticas sobre MRPA podem ser encontradas em: Monitorização Residencial (MRPA).

Essas abordagens reduzem diagnósticos equivocados e ajudam a distinguir a hipertensão do avental branco e a hipertensão mascarada — temas abordados de forma prática em fontes de atualização: hipertensão do avental branco e mascarada.

Hipertensão arterial: estratificação do risco cardiovascular

Decidir quando iniciar terapia farmacológica depende do risco cardiovascular global. Ferramentas validadas, como o escore PREVENT, ajudam a estimar o risco de eventos nos próximos 10 anos e a orientar metas pressóricas individuais.

Hipertensão arterial: tratamento — estilo de vida e medicação

O tratamento deve ser individualizado. As diretrizes reforçam duas frentes essenciais:

  • Intervenções no estilo de vida: redução do consumo de sal, aumento de ingestão de potássio pela dieta, perda de peso quando indicado, atividade física regular e cessação do tabagismo. Programas educacionais e acompanhamento nutricional potencializam o controle da hipertensão. Leituras sobre mudanças no estilo de vida estão disponíveis em: intervenções no estilo de vida.
  • Tratamento farmacológico: em hipertensão estágio 2 ou estágio 1 com alto risco cardiovascular, recomenda-se iniciar com combinações fixas de dois fármacos de classes diferentes (por exemplo, diurético + bloqueador de sistema renina-angiotensina ou bloqueador de cálcio + inibidor do SRAA), favorecendo formulações em dose única para melhorar a adesão. Mais detalhes sobre recomendações farmacológicas podem ser consultados em: combinações de medicamentos.

Termos importantes a serem considerados na prática clínica incluem controle da hipertensão, medicação anti-hipertensiva e adesão ao tratamento — todos determinantes para reduzir eventos cardiovasculares.

Hipertensão arterial: monitoramento contínuo e tecnologias digitais

O acompanhamento regular permite ajustar doses e estratégias. Aplicativos de registro, lembretes de medicação e integração dos dados da MRPA/MAPA com registros eletrônicos auxiliam na tomada de decisão e na melhoria da adesão. Veja abordagens tecnológicas em: tecnologias digitais para monitoramento.

Hipertensão arterial: considerações especiais

Certos subgrupos exigem metas e cuidados diferenciados. Pacientes com diabetes tipo 2, doença renal crônica ou história de evento cardiovascular costumam ter metas pressóricas mais conservadoras e necessidade de vigilância mais intensa. As diretrizes destacam o papel da equipe multiprofissional — médico, enfermeiro, farmacêutico, nutricionista — no manejo dessas situações. Informação adicional sobre pacientes com diabetes e hipertensão está disponível em: pacientes com diabetes tipo 2 e hipertensão.

Hipertensão arterial: recomendações práticas finais

Para prática clínica e para pacientes, os pontos essenciais são: rastrear a pressão arterial de forma adequada (MAPA e MRPA quando indicados), estratificar o risco cardiovascular antes de iniciar terapia farmacológica, priorizar intervenções no estilo de vida e, quando necessário, usar combinações farmacológicas em esquema de dose única para melhorar a adesão. A comunicação entre profissional e paciente e o acompanhamento por equipe multidisciplinar aumentam as chances de alcançar o controle pressórico e reduzir complicações.

Se você é profissional de saúde, incorpore as ferramentas de avaliação de risco e protocolos de monitorização na rotina. Se é paciente, mantenha as consultas regulares, registre medidas em casa quando orientado e adote mudanças no estilo de vida junto com o suporte da equipe de saúde.

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