Prevenção de quedas em idosos: avaliação de risco na atenção primária

Prevenção de quedas em idosos: avaliação de risco na atenção primária

Quedas em idosos são um problema frequente e prevenível. Na atenção primária, a identificação precoce dos fatores de risco e intervenções simples podem reduzir lesões, internações e perda de independência. Este texto traz um roteiro prático para profissionais de saúde e orientações que podem ser compartilhadas com pacientes e familiares.

Avaliação de risco de quedas

A avaliação deve ser sistemática e centrada na pessoa. Inclua anamnese dirigida (histórico de quedas, circunstâncias e sequelas), exame físico focado em marcha e equilíbrio, e revisão funcional. Ferramentas objetivas como o teste Timed Up and Go (TUG) e a avaliação de força de preensão manual ajudam a estratificar risco.

Avaliação geriátrica integrada

Uma avaliação geriátrica abrangente avalia cognição, humor, capacidade para atividades de vida diária e presença de comorbidades que influenciam a marcha. A integração com Estratégia Saúde da Família facilita o seguimento longitudinal e o trabalho em equipe entre médico, enfermeiro e agente comunitário. Para entender melhor como a ESF organiza o cuidado, consulte a descrição do programa disponível em fontes públicas.

Polifarmácia e revisão de medicamentos

Medicamentos sedativos, benzodiazepínicos, anticolinérgicos, antihipertensivos em doses excessivas e opioides aumentam o risco de quedas. A revisão criteriosa da medicação — com objetivo de reduzir polifarmácia e ajustar doses — é uma medida de alto impacto. Envolva farmacêuticos clínicos quando possível e priorize a retirada gradual de fármacos que prejudicam equilíbrio ou cognição.

Intervenções comprovadas

Intervenções multifatoriais são mais eficazes do que medidas isoladas. A seguir, as ações que devem ser consideradas na atenção primária.

Fisioterapia: exercícios de equilíbrio e força

Programas de exercícios direcionados para fortalecimento de membros inferiores, treino de equilíbrio e marcha reduzem a incidência de quedas. Mesmo quando o acompanhamento é feito em domicílio, o paciente se beneficia de sessões supervisionadas por fisioterapeuta e de exercícios domiciliares. Em modelos de reabilitação domiciliar com telemonitoramento, a adesão tende a melhorar — veja exemplos de programas de reabilitação domiciliar e de telessaúde para reabilitação.

Ajustes no ambiente domiciliar

Avalie iluminação, pisos escorregadios, degraus, extensão de fios e necessidade de barras de apoio no banheiro. Pequenas modificações — como tapetes antiderrapantes e organização de objetos em alturas acessíveis — têm efeito direto na segurança. Estudos sobre processos clínicos e ambiente doméstico mostram impacto importante na prevenção de quedas.

Suporte social e educação

Isolamento e falta de suporte aumentam vulnerabilidade. Envolver familiares, grupos comunitários e serviços sociais é essencial. A educação estruturada sobre medidas de segurança e exercícios domiciliares melhora conhecimento e adesão.

Fluxo prático para a atenção primária

  • Triagem: pergunte sobre quedas no último ano e realize teste funcional (TUG).
  • Avaliação completa: revisão de medicação, exame de visão, avaliação da marcha e avaliação geriátrica.
  • Plano individualizado: combinar fisioterapia, ajuste medicamentoso e modificações ambientais.
  • Encaminhamentos: quando necessário, encaminhe para fisioterapia, terapia ocupacional ou avaliação geriátrica especializada.
  • Seguimento: agende revisão em curto prazo e utilize soluções de cuidado domiciliar e telemonitoramento quando possível.

Para apoiar intervenções domiciliares e o uso de telemonitoramento, consulte materiais sobre reabilitação domiciliar e experiências com telemedicina e wearables em reabilitação. A integração com monitorização de sinais vitais em casa também pode ser útil; veja protocolos de monitoramento domiciliar da pressão arterial como exemplo de acompanhamento remoto.

Como priorizar e documentar

Priorize intervenções de maior impacto: correção de medicamentos de risco, programas de exercício e adaptações do domicílio. Documente risco, plano e metas funcionais no prontuário e compartilhe com a equipe e família. A continuidade do cuidado é essencial para reduzir recorrência de quedas.

Resumo prático

A prevenção de quedas em idosos exige avaliação multifatorial, revisão de medicamentos, programas de exercícios para equilíbrio e força, e adaptações no ambiente. A atuação na atenção primária, articulada com fisioterapia, terapia ocupacional e suporte social, reduz eventos adversos e melhora a qualidade de vida. Diretrizes clínicas e estudos sobre processos de cuidado e ambiente doméstico oferecem suporte à prática clínica local e podem ser consultados para detalhamento das recomendações.

Fontes e leitura adicional: diretrizes sobre manejo de quedas e revisões sistemáticas detalham intervenções multifatoriais e avaliações específicas; estudos sobre avaliação ambiental e modelos de atenção primária (por exemplo, descrições da Estratégia Saúde da Família) também são úteis para implementação local.

Links externos citados ao longo do texto: artigo clínico e diretrizes sobre manejo de quedas (informações contextuais), pesquisa sobre processo de cuidado e avaliação ambiental, e descrição da Estratégia Saúde da Família para organização do cuidado.

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