Promoção da saúde e adesão terapêutica em doenças crônicas na prática clínica

Promoção da saúde e adesão terapêutica em doenças crônicas na prática clínica

Doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, hipertensão e doença cardiovascular exigem estratégias clínicas que vão além da prescrição farmacológica. A promoção da saúde integrada à prática clínica aumenta a adesão terapêutica, reduz eventos adversos e melhora a qualidade de vida. Abaixo, apresento recomendações práticas e evidências para profissionais de saúde e para leitores leigos interessados em cuidados continuados.

Adesão terapêutica na prática clínica

Adesão terapêutica é o grau de concordância entre o comportamento do paciente e as indicações acordadas com a equipe de saúde. Na rotina, fatores que mais comprometem a adesão incluem regimes complexos, custos, efeitos adversos e baixa percepção de benefício. Avaliar adesão deve ser parte do exame clínico: pergunte sobre rotinas de medicação, barreiras financeiras e efeitos colaterais. Ferramentas simples de entrevista e escalas validadas ajudam a identificar não adesão precoce.

Promoção da saúde e educação em saúde

Educar o paciente reduz ambivalência e melhora o autocuidado. Intervenções educativas devem ser personalizadas, com linguagem acessível, demonstrando metas (p.ex., HbA1c, pressão arterial) e mostrando como mudanças de estilo de vida atuam em conjunto com farmacoterapia. Programas comunitários e iniciativas de promoção da saúde aumentam a retenção das informações; para exemplos práticos, veja estratégias aplicadas em programas de promoção da saúde.

Estratégias concretas para melhorar adesão

  • Simplificar o regime: priorizar esquemas de dose única quando possível e revisar polifarmácia.
  • Atenção farmacêutica: integrar farmacêuticos na equipe para ajuste posológico, revisão de interações e educação do paciente; saiba mais sobre atenção farmacêutica para pacientes crônicos.
  • Suporte psicossocial: identificar depressão e ansiedade que reduzem adesão e oferecer encaminhamento ou intervenções breves.
  • Tecnologia para monitoramento: usar mensagens de lembrete, aplicativos e telemedicina para acompanhamento remoto e reforço de comportamentos saudáveis — integrações com prontuário e dispositivos vestíveis podem melhorar seguimento.
  • Envolvimento familiar: treinar cuidadores em administração de medicamentos e sinais de alerta.

Abordagem por condição: diabetes e hipertensão

No diabetes, combinar educação em alimentação, monitorização da glicemia e ajuste terapêutico reduz hiperglicemia crônica. Na hipertensão, aferições domiciliares e metas personalizadas aumentam a adesão aos anti-hipertensivos. Em ambos os cenários, programas de acompanhamento contínuo e decisões compartilhadas são essenciais; para modelos organizados de cuidado, confira as diretrizes nacionais sobre cuidado de pessoas com doenças crônicas.

Provas e recomendações baseadas em evidências

Revisões internacionais ressaltam que intervenções multifacetadas (educação, lembretes, suporte social e simplificação de terapias) são mais eficazes que medidas isoladas. Relatório da OMS sobre adesão terapêutica apresenta recomendações práticas para sistemas de saúde: Adherence to long-term therapies. Para contexto global sobre doenças crônicas e políticas públicas, consulte a página da OMS sobre doenças não transmissíveis: NCDs — WHO. No Brasil, documentos oficiais do Ministério da Saúde orientam linhas de cuidado e ações de promoção da saúde, úteis para aplicar no SUS: diretrizes do Ministério da Saúde.

Indicadores e monitoramento

Monitorar resultados clínicos (PA, HbA1c, LDL), adesão reportada e indicadores de processo (consultas agendadas, medicação dispensada) permite ajustes rápidos. Ferramentas simples como registros eletrônicos, lembretes automatizados e triagem por equipe de enfermagem otimizam o cuidado e reduzem faltas.

Síntese prática: integrar promoção da saúde e adesão terapêutica

Para implementar mudanças na prática clínica, priorize: 1) avaliação sistemática da adesão; 2) educação personalizada; 3) simplificação de esquemas e revisão farmacológica; 4) apoio psicossocial; e 5) uso criterioso de tecnologia (telemedicina e monitoramento remoto). Artigos e recursos internos sobre modelos de cuidado e inovação podem ajudar na implementação local, por exemplo em estratégias inovadoras para doenças crônicas e em conteúdos sobre acompanhamento contínuo e programas de prevenção.

Adotar essas medidas torna o cuidado mais centrado no paciente, melhora a adesão e reduz complicações a longo prazo. Profissionais devem buscar formação continuada, integração multiprofissional e uso de evidências para adaptar intervenções à realidade da população atendida.

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