Quando indicar colonoscopia no rastreamento do câncer colorretal

Rastreamento do câncer colorretal: princípios essenciais

O rastreamento do câncer colorretal (CCR) reduz a mortalidade quando direcionado à população de risco médio e alto. Métodos como a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF), especialmente o teste imunológico fecal (FIT), e a colonoscopia são complementares: o FIT é de fácil acesso para triagem populacional, enquanto a colonoscopia é exame diagnóstico e terapêutico, capaz de detectar e ressecar pólipos adenomatosos.

Para revisão prática e protocolos locais, consulte materiais dedicados à triagem e manejo no primeiro nível de atenção, que detalham fluxo de encaminhamento e periodicidade. Um guia complementar com orientações práticas pode ser encontrado em fontes confiáveis como a MSD Manual sobre rastreamento do CCR (MSD Manual).

Colonoscopia: quando indicar

Idade e risco populacional

Em adultos de risco médio, o rastreamento começa tipicamente entre 45–50 anos, dependendo da orientação seguida. A colonoscopia deve ser indicada quando o teste de triagem (FIT/PSOF) for positivo ou quando houver fator de risco que justifique avaliação direta, como histórico familiar em primeiro grau ou sinais clínicos suspeitos.

Histórico familiar e condições predisponentes

Pessoas com parente de primeiro grau com CCR ou pólipos avançados diagnosticados precocemente devem iniciar o rastreamento 10 anos antes da idade de diagnóstico do parente ou aos 40 anos, o que ocorrer primeiro. Doenças inflamatórias intestinais crônicas (colite ulcerativa ou doença de Crohn com acometimento colônico) aumentam o risco e demandam colonoscopias de vigilância em intervalos mais curtos; orientações específicas e agendas de vigilância estão disponíveis em documentos técnicos e sociedades especializadas (SBCP).

Sintomas que obrigam investigação por colonoscopia

Qualquer sangramento retal claro, mudança persistente do hábito intestinal (diarreia ou constipação progressiva), anemia ferropriva inexplicada, perda de peso não intencional ou dor abdominal focal devem levar à investigação diagnóstica por colonoscopia, independentemente da idade. Esses sinais aumentam a probabilidade pretesto de lesão clínica e não devem ser atribuídos apenas a distúrbios funcionais antes da avaliação adequada.

Como escolher entre FIT/PSOF e colonoscopia

O FIT é eficaz como teste de rastreamento populacional: costuma ter boa sensibilidade para lesões sanguinolentas e melhor aceitação que a PSOF tradicional. Pacientes com FIT positivo devem ser encaminhados para colonoscopia diagnóstica. A colonoscopia virtual (TC colonografia) é uma alternativa em contextos específicos, mas não substitui a colonoscopia quando há possibilidade de intervenção imediata (remoção de pólipos).

Preparação, realização e achados relevantes

A preparação intestinal adequada é crítica para a acurácia da colonoscopia. A técnica endoscópica permite polipectomia de pólipos pediculados ou sésseis, biópsias e mapeamento de lesões. Relatar o tipo histológico do pólipo (por exemplo, pólipo serrilhado versus pólipo adenomatoso) e características de risco (número, tamanho ≥ 10 mm, presença de displasia de alto grau) é determinante para o intervalo de vigilância subsequente.

Após o exame, o plano de seguimento deve ser individualizado:

  • Pólipos de baixo risco — intervalo de vigilância estendido conforme diretrizes;
  • Pólipos avançados ou número elevado — vigilância mais precoce e, em alguns casos, avaliação genética ou encaminhamento para coloproctologia;
  • Lesão suspeita de câncer — biópsia e articulação imediata com equipe oncológica e cirurgia.

Encaminhamento e integração na atenção primária

O médico de família ou clínico geral deve coordenar o rastreamento, interpretar resultados de FIT/PSOF, reconhecer red flags e encaminhar para colonoscopia conforme critérios. Protocolos locais de encaminhamento agilizam o acesso e reduz o tempo até o diagnóstico. Para orientação prática sobre fluxos de triagem e manejo no nível primário, veja recursos locais sobre triagem e manejo do câncer colorretal (triagem e manejo do câncer colorretal na atenção primária) e protocolos de rastreamento detalhados (rastreio e follow-up após colonoscopia).

Quando há dúvida sobre intervalo de vigilância ou sobre indicação de testagem genética, encaminhar para coloproctologista ou genética clínica é apropriado; materiais que orientam encaminhamento e comunicação com o especialista podem ser consultados na página sobre rastreamento na atenção primária (rastreio do câncer colorretal na atenção primária).

Pontos-chave para prática clínica

  • Use FIT/PSOF como ferramenta de triagem populacional; encaminhe para colonoscopia se positivo.
  • Indique colonoscopia diretamente em presença de sinais alarmantes (sangramento retal, anemia, perda de peso) ou alto risco familiar/doença inflamatória intestinal.
  • Documente e comunique claramente achados endoscópicos e histológicos para definir intervalos de vigilância (pólipos, adenomas, displasia).
  • Padronize fluxos de encaminhamento na atenção primária para diminuir atrasos diagnósticos e use materiais de referência confiáveis para atualização contínua (artigo explicativo).

Para aprofundamento técnico e protocolos atualizados, consulte as diretrizes especializadas e materiais de sociedades científicas, como a SBCP e documentos de referência internacional. A integração entre triagem populacional (FIT), avaliação clínica na atenção primária e acesso oportuno à colonoscopia é a estratégia mais eficaz para reduzir a mortalidade por câncer colorretal.

fontes externas: MSD Manual, SBCP, CNN Brasil

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