Diabetes mellitus tipo 2: manejo atualizado com inibidores de SGLT2 e agonistas do receptor GLP-1

Diabetes mellitus tipo 2: manejo atualizado com inibidores de SGLT2 e agonistas do receptor GLP-1

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) exige abordagem individualizada que vá além do controle glicêmico: reduzir risco cardiovascular, preservar a função renal e minimizar efeitos adversos. Nas últimas diretrizes, a escolha terapêutica considera fatores como doença renal crônica, insuficiência cardíaca e risco aterosclerótico. Para atualização prática sobre recomendações e evidências, consulte as posições recentes da ADA e revisões clínicas disponíveis online.

Diretrizes e evidências recentes

As recomendações de 2025 enfatizam personalização da terapia, com prioridade para agentes que comprovadamente reduzem eventos cardiovasculares e protegem o rim em pacientes de maior risco. Para leitura detalhada das diretrizes e interpretação clínica, veja o resumo da ADA e revisões especializadas em endocrinologia.

Referências úteis: Atualização ADA 2025 e revisão sobre manejo da hiperglicemia em serviços de endocrinologia (portal Afya).

Inibidores de SGLT2: mecanismo, benefícios e indicações

Os inibidores de SGLT2 (ex.: empagliflozina, dapagliflozina, canagliflozina) reduzem a reabsorção renal de glicose, promovendo glicosúria. Além do efeito hipoglicemiante, apresentam evidência robusta de redução de hospitalizações por insuficiência cardíaca e desaceleração da progressão da doença renal crônica em pacientes com DM2.

Considerações práticas para SGLT2

  • Indicações preferenciais: pacientes com insuficiência cardíaca (redução de risco de descompensação) e doença renal crônica associada ao DM2.
  • Monitorização: função renal (TFG), sinais de hipotensão ortostática e balanço hídrico. Integre com programas de monitoramento contínuo da glicose quando indicado.
  • Eventos adversos: infecções genitais micóticas, infecções do trato urinário, risco (raro) de cetoacidose e, em relatos específicos, aumento de risco de amputação com algumas drogas.
  • Contraindicações: cetoacidose prévia relacionada a SGLT2, insuficiência renal avançada (ver bula e ajuste por TFG) e hipersensibilidade.

Estudos-chave como EMPA-REG e CREDENCE sustentam uso em proteção cardiovascular e renal; revisão comparativa recente também discute eficácia renal vs agonistas de GLP-1.

Agonistas do receptor GLP-1: efeito metabólico e cardioproteção

Agentes como liraglutida, semaglutida e exenatida aumentam secreção de insulina dependente de glicose, suprimem glucagon pós-prandial e retardam o esvaziamento gástrico. Resultam em redução sustentada da HbA1c e promovem perda de peso, com benefício demonstrado em desfechos cardiovasculares aterotrombóticos em pacientes selecionados.

Considerações práticas para GLP-1

  • Indicações: pacientes com alto risco cardiovascular que também se beneficiem de perda de peso.
  • Efeitos adversos: náuseas, vômitos e distensão abdominal — iniciar em doses baixas e escalonar lentamente para tolerabilidade.
  • Contraindicações: antecedente de carcinoma medular de tireoide ou neoplasia endócrina múltipla tipo 2; avaliar histórico familiar.

Para contexto clínico e atualizações sobre manejos e diretrizes, consulte sínteses de sociedades médicas e revisões clínicas especializadas (revisão Afya).

Combinação de SGLT2 e agonistas do receptor GLP-1

A associação pode oferecer sinergia: controle glicêmico superior, maior perda de peso e efeitos complementares sobre coração e rim. Estudos apontam benefícios adicionais em comparação ao uso isolado, mas exigem atenção ao perfil de segurança individual.

Como monitorar terapia combinada

  • Avaliar função renal e eletrólitos antes e durante o tratamento; ajustar medicações conforme TFG.
  • Monitorar risco de hipoglicemia especialmente se houver sulfonilureia ou insulina na terapêutica concomitante.
  • Observar tolerabilidade gastrointestinais dos GLP-1 e sinais de infecções genitais com SGLT2.

Recomenda-se integrar decisões terapêuticas com avaliação do risco cardiovascular global; para orientações práticas sobre risco e estratificação em DM2, consulte materiais clínicos sobre risco cardiovascular em diabetes tipo 2.

Abordagem integral do paciente

O manejo do DM2 deve combinar tratamento farmacológico com intervenções não farmacológicas: cessação tabágica, atividade física, dieta cardiovascular e revisão da medicação para reduzir polifarmácia. Avalie complicações crônicas como neuropatia dolorosa e tratamento específico conforme guias: para dor neuropática associada ao diabetes, consulte guias de manejo clínico especializados.

Para aprofundamento no manejo da neuropatia e terapias adjuvantes, veja discussão prática sobre dor neuropática no diabetes.

Recomendações práticas

Resumo para a prática clínica:

  • Priorize inibidores de SGLT2 em pacientes com insuficiência cardíaca ou doença renal crônica associada ao DM2, quando não houver contraindicações.
  • Considere agonistas do receptor GLP-1 em pacientes com necessidade de perda de peso e risco cardiovascular aterotrombótico.
  • Avalie combinação terapêutica quando objetivo for intensificação do controle glicêmico e proteção cardio‑renal, com monitoramento rigoroso de função renal, glicemia e efeitos adversos.
  • Integre monitoramento contínuo da glicose quando indicado e ajuste terapêutico com base em dados e preferências do paciente (monitoramento contínuo da glicose).
  • Atualize-se nas diretrizes e revisões clínicas para decisões baseadas em evidência; revisões e diretrizes recentes auxiliam a seleção individualizada da terapia (manejo e rim).

Para referências adicionais e implementação em atenção primária e especializada, consulte recursos clínicos e materiais de sociedades médicas que detalham critérios de escolha e ajustes de dose.

Conteúdo elaborado por equipe médica para apoio à prática clínica. As decisões terapêuticas devem ser individualizadas e discutidas com o paciente, considerando comorbidades, preferências e acesso aos medicamentos.

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