Infarto agudo do miocárdio: diretrizes e manejo clínico atualizado

Infarto agudo do miocárdio: diretrizes e manejo clínico atualizado

O infarto agudo do miocárdio (IAM) permanece como uma das principais emergências cardiovasculares. Este texto sintetiza de forma prática os pontos essenciais do diagnóstico, tratamento imediato e seguimento, com ênfase em medidas baseadas em evidência para reduzir mortalidade e complicações como insuficiência cardíaca e arritmias.

Infarto agudo do miocárdio: reconhecimento e diagnóstico

O diagnóstico do IAM combina quadro clínico, eletrocardiograma e marcadores cardíacos. A história típica é dor torácica opressiva, irradiada e acompanhada por sudorese, náusea ou dispneia. No eletrocardiograma, elevação do segmento ST orienta para indicação urgente de reperfusão. A dosagem seriada de troponina é fundamental para confirmar dano miocárdico e estratificar risco.

Para programas que buscam implementar protocolos locais, recomenda-se seguir modelos validados por estudos nacionais sobre implementação de diretrizes em emergências, que demonstram melhoria nos tempos porta-balão e na adesão ao tratamento (estudo de implementação).

Infarto agudo do miocárdio: manejo pré-hospitalar e reperfusão

Atitudes imediatas

No cenário pré-hospitalar, foco em reconhecimento rápido, administração de aspirina masticável (salvo contraindicação), alívio da dor com nitroglicerina quando indicado e suporte ventilatório/oxigênio em hipoxemia. O acionamento precoce da rede de emergência reduz o tempo até reperfusão.

Reperfusão: logística e escolha terapêutica

Angioplastia primária é referência quando disponível em tempo oportuno. Em cenários sem acesso rápido a hemodinâmica, trombólise pode ser considerada conforme protocolos locais. Dados do registro brasileiro sobre STEMI mostram impacto direto da reperfusão precoce na sobrevida e no tamanho do infarto (registro ACCEPT).

Infarto agudo do miocárdio: terapêutica medicamentosa e prevenção secundária

Após a reperfusão, o manejo farmacológico inclui antiagregação dupla, anticoagulação conforme indicação, estatinas em altas doses, betabloqueadores e inibidores da enzima conversora de angiotensina ou bloqueadores de receptor quando indicado. A adesão a terapias comprovadas reduz reinfarto e morte.

Na prevenção secundária, controle rigoroso da hipertensão arterial, tratamento da dislipidemia e cessação do tabagismo são pilares. A prescrição de estatinas, antiplaquetários e orientações sobre dieta e atividade física devem ser iniciadas antes da alta.

Infarto agudo do miocárdio: reabilitação e acompanhamento

A reabilitação cardiológica melhora capacidade funcional e reduz eventos; programas estruturados incluem exercício, educação e suporte psicológico. Quando disponível, modelos domiciliares e monitorizados por telemedicina aumentam adesão e acesso, especialmente em áreas remotas — veja abordagens práticas de reabilitação cardíaca domiciliar.

Infarto agudo do miocárdio: complicações e como preveni-las

Complicações agudas relevantes: arritmias ventriculares (taquicardia ventricular, fibrilação ventricular), choque cardiogênico, ruptura de parede livre e pericardite. No seguimento, a progressão para insuficiência cardíaca merece atenção com otimização farmacológica e avaliação de terapia direcionada para fração de ejeção reduzida.

Prática clínica e protocolos locais

Aderir a protocolos padronizados e monitorar indicadores (tempo porta-balão, tempo porta-agulha, uso de antiagregantes) melhora os resultados. Revisões integrativas sobre cuidados clínicos mostram que estratégias organizacionais e educação contínua são determinantes para a qualidade do atendimento (revisão integrativa).

Para equipes que elaboram fluxos assistenciais, alinhar-se às recomendações de sociedades científicas e adaptar recursos locais (ambulância com trombolítico, rede de referência para angioplastia) é essencial. Diretrizes internacionais e nacionais devem orientar protocolos e auditoria.

Síntese prática: manejo do infarto agudo do miocárdio

Em resumo, a abordagem do IAM exige: 1) reconhecimento e transporte rápido; 2) diagnóstico com ECG e troponina; 3) reperfusão imediata quando indicada (angioplastia primária ou trombólise); 4) terapia medicamentosa comprovada e início de prevenção secundária; 5) reabilitação cardiológica e acompanhamento para reduzir insuficiência cardíaca e reinternações. A integração entre atenção pré-hospitalar, emergências e centros de intervenção é determinante para melhores desfechos.

Leituras complementares e recursos práticos podem ser consultados nas publicações e registros nacionais citados e nas fontes científicas internacionais que atualizam recomendações sobre reperfusão e manejo clínico.

Referências selecionadas integradas ao texto: publicação de implementação de diretrizes (SciELO), revisão integrativa sobre cuidados clínicos e dados nacionais de reperfusão (PMC). Para protocolos locais, consulte também as recomendações das sociedades científicas e guias clínicos atualizados.

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