Medicina do sono: fisiologia, distúrbios e tratamentos

Medicina do sono: fisiologia, distúrbios e tratamentos

Fisiologia do sono

O sono é um processo fisiológico essencial, organizado em ciclos NREM e REM que se repetem ao longo da noite. O ritmo circadiano, regulado pelo núcleo supraquiasmático e moduladores como a melatonina, determina o momento ideal para adormecer e acordar. Para uma revisão concisa sobre mecanismos fisiológicos consulte materiais didáticos atualizados, como a revisão da Lecturio sobre fisiologia do sono.

Ritmo circadiano e higiene do sono

Medidas simples de higiene do sono — rotina regular, exposição controlada à luz e redução de estimulantes — são pilares para melhorar a arquitetura do sono e reduzir sintomas de insônia e sonolência diurna.

Apneia obstrutiva do sono

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é caracterizada por colapsos intermitentes das vias aéreas superiores, com dessaturação e microdespertares que fragmentam o sono. Pacientes com AOS têm risco aumentado de hipertensão, arritmias e eventos cardiovasculares; para integrar essa ótica, veja materiais sobre sono e saúde cardiovascular.

Diagnóstico: polissonografia e avaliação clínica

O diagnóstico combina história clínica, questionários e exames objetivos. A polissonografia é o padrão-ouro quando há suspeita de AOS moderada/ grave ou quando se considera terapêutica avançada. Para referência prática e manuais de diagnóstico considere fontes especializadas, como o livro Medicina do Sono: Diagnóstico e Manejo.

Tratamento da AOS

As intervenções incluem medidas conservadoras (perda de peso, cessação do tabagismo), dispositivos orais em pacientes selecionados e CPAP como tratamento de escolha para AOS moderada a grave. Em cenários complexos, reabilitação respiratória e programas de acompanhamento remoto podem melhorar adesão ao CPAP — veja iniciativas de reabilitação respiratória domiciliar e telemedicina.

Insônia

Insônia se caracteriza por dificuldade para iniciar ou manter o sono com impacto diurno. A primeira linha é a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I) combinada com higiene do sono. Medicamentos hipnóticos podem ser usados por períodos curtos com indicação criteriosa e monitorização de efeitos adversos.

Síndrome das pernas inquietas e parassonias

A síndrome das pernas inquietas provoca desconforto e urgência motora no repouso noturno; o manejo inclui avaliação de ferro sérico, ajustes de hábitos e, quando indicado, agonistas dopaminérgicos ou anticonvulsivantes. Parassonias (sonambulismo, terrores noturnos, distúrbio comportamental do sono REM) exigem medidas de segurança e, em casos selecionados, tratamento farmacológico.

Avaliação clínica e fluxo diagnóstico

Uma abordagem prática começa pela anamnese detalhada (ronco, pausas respiratórias, sonolência diurna, padrão de sono), exame físico e triagem para comorbidades cardiovasculares e metabólicas. Em suspeita de etiologia central ou quando há síndrome mista, é importante diferenciar da apneia central — orientações específicas podem ser consultadas em material sobre apneia central do sono.

Orientações finais

O manejo dos distúrbios do sono deve ser individualizado e multidisciplinar, envolvendo médicos, fisioterapeutas, dentistas e psicólogos quando indicado. Para quem busca aprofundar princípios e protocolos, há compêndios clínicos que sistematizam avaliação e terapêutica, como os princípios publicados em obras de referência (Princípios da Medicina do Sono).

Se houver suspeita de distúrbio do sono na sua prática, considere integrar triagem padronizada e encaminhamento para polissonografia quando indicado, além de acompanhar comorbidades. Para abordagens integradas em pacientes com doenças respiratórias crônicas, programas de reabilitação domiciliar e telemonitoramento podem agregar resultados terapêuticos e adesão.

Links internos selecionados: sono e saúde cardiovascular, apneia central do sono, reabilitação respiratória domiciliar.

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